SIMULADO CORREIOS (CESPE) 2011 - GRÁTIS (Cortesia ECO fórum)

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SIMULADO CORREIOS 2011

Grátis

Simulado de Português, Matemática e Informática
Atendente Comercial, Carteiro e Operador de Triagem e Transbordo
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5 questões de português
Imagem Texto 1
Texto 1
Onde mais?

1 A gente não se dá conta, mas existe um outro vício (eu diria: vírus) de linguagem infectando indiscriminadamente brasileiros de todas as idades, sexos e estratos sociais.
4 Falo do insidioso “onde”. Sim: insidioso. À primeira vista, “onde” parece uma palavra inocente e inofensiva. Mas, sem fazer alarde, o danado do “onde” foi se imiscuindo na nossa vida, invadindo frases que não lhe dizem respeito e diminuindo consideravelmente as oportunidades de emprego para palavras honestas como “que”, “o qual” e “das quais”.
9 Todos os momentos em que deveríamos usar “em que”, muitas situações nas quais antigamente se usava “nas quais” e uma série de casos “onde” pedem nada além de um simples “que”, de repente, viraram momentos “onde”, situações “onde” e casos “onde”. Casos “onde” ?!!
13 Esse maldito “onde” é ainda mais perigoso, porque, na maioria das vezes, a gente nem nota que ele está ali, apodrecendo uma frase inteira. Tem vezes “onde” a gente consegue perceber, mas existem construções mais elaboradas “onde” até os ouvidos mais sensíveis acabam engambelados.
17 É diferente do irritante “com certeza”, que tem uma melancia pendurada no pescoço e não esquece de se anunciar a cada aparição. Não é como a praga do gerundismo, que sempre vai estar chamando a atenção de todos os que não suportam estar ouvindo quem insiste em estar falando desse jeito. O “onde”, não. O “onde” é discreto. Vai chegar um momento “onde” você e eu vamos passar a falar assim e vamos achar normal.
23 Confesso que eu não tinha me dado conta do problema até conversar com o professor Eduardo Martins em seu programa na Rádio Eldorado, o “De palavra em palavra”. (Parênteses. Sim, existe ALGUÉM nesse país que leva “Xongas” a sério. E esse alguém é ninguém menos que o professor Eduardo Martins. Não, leitor, você não precisa mais ler “Xongas” escondido, ou fingindo que está com os olhos no resto da página. O Eduardo Martins também lê! — obrigadíssimo pela audiência, Professor.)
Depois do programa do professor Eduardo, vi o assunto sendo discutido no programa de TV do professor Pasquale, e ainda recebi várias newsletters pela Internet que tocavam no problema do “onde”. Ou seja: os estudiosos já estão há muito tempo cientes do problema. Agora é preciso envolver o resto da população no combate a essa epidemia. Aliás, aqui vai uma sugestão à produção da próxima “Casa dos Artistas”: vamos fazer da Tiazinha, da Feiticeira e dos Gêmeos os garotos-propaganda de uma campanha pela erradicação do “com certeza”, do “eu vou estar transferindo a sua ligação” e do “tem casos onde”. O absurdo maior é que o “onde” está deixando de ser usado justamente nos momentos em que deveria, ou seja, quando é relativo a lugares.
38 Quase ninguém mais diz “o lugar onde nasci” ou “as cidades onde morei”. Agora é o lugar “que” eu nasci, as cidades “que” eu morei. Se essa troca de função entre o “onde” e o “que” for mais longe, aonde (a quê?) vamos parar? Já pensou? Em vez de “a mulher que eu amo”, você vai dizer “a mulher onde eu amo”. (Às vezes as duas coisas coincidem, mas outras vezes o objeto do desejo está inacessível ou com enxaqueca.) Mas o pior vai ser quando “por que” virar “por onde”. “Por que você não foi?” vai virar “Por onde você não foi?”, o que vai suscitar múltiplas interpretações.
45 Além do que (do onde?), aprender de novo quando o poronde é junto, quando o por onde é separado e quando o porônde leva acento vai ser complicado demais nessa idade.
Ricardo Freire. Época, 25/12/2001 (com adaptações).

1. De acordo com o texto, “onde”:

a) pode ser plenamente substituído por outras palavras, sem prejuízo de sentido.
b) deve ser empregado em todos os momentos em que se emprega em que.
c) é discreto e, por isso, pode ser empregado sem problemas, em lugar de que.
d) vem sendo indiscriminadamente empregado, em lugar de outros pronomes.
e) não representa um desvio gramatical, mas sim uma variação lingüística.


ECO SIMULADO PARA O CONCURSO DOS CORREIOS CONTINUA AQUI.


Desejamos a todos um ótimo simulado e bons estudos.

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